terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Viagem com a faculdade para São Paulo


Chegamos numa quarta-feira dia 26/11 e o primeiro lugar que visitamos foi o SESC Pompéia da Lina Bo Bardi. A primeira impressão marcante do edifício é sua verticalidade, com as passarelas suspensas. Ao entrar no terreno vemos os galpões que nos remete à antiga fábrica que existia no local e suas paredes de tijolos de cerâmica aparente. Outro marco é o Totem de criação da Lina logo na entrada.
Dentro do teatro do SESC o mais interessante na minha opinião são as cadeiras que possuem um desenho diferente e são desconfortáveis. O desenho me agradou, o desconforto não, porque na minha opinião o teatro deve ser agradável e convidativo, com poltronas confortáveis para o usuário.



Depois do SESC seguimos para a FAUUSP do Vilanova Artigas. O edifício é bem robusto, todo em concreto aparente e seus ambientes são em sua maioria abertos, principalmente os ateliês, no ultimo pavimento. O que mais chamou minha atenção foi a grande cobertura independente do edifício e suas estalactites causadas por infiltração. O ponto fraco do espaço é a falta de conforto térmico reclamada pelos usuários.
O que eu mais gostei na USP foi os extensos espaços verdes que rodeiam os edifícios. Eles dão um clima agradável e nos faz lembrar, no meio de vários prédios e grandes ruas pavimentadas, que a natureza existe.




A Praça de Victor Civita, outro lugar que visitamos, foi na minha opinião um dos mais interessantes. No meio da cidade, a praça é um espaço onde andamos em passarelas suspensas do chão e embaixo vemos os jardins.
Antes de ser praça o lugar era uma incineradora que contaminou não só o solo, mas também a água do lugar. Com isso, o espaço tem toda uma tentativa de revitalizar o ambiente e sua passarela tem o intuito de nos proteger de fato dessa poluição.


No outro dia, quita-feira 27/11, andamos pela cidade à pé. A primeira parada foi no edifício Copan, do Oscar Nismeyer. O edifício se destaca pela bonita ondulação de sua fachada e a interessante articulação que o arquiteto fez com o comércio na parte inferior do prédio. Os moradores possuem quase todo tipo de serviço embaixo das suas casas, o que facilita muito em uma cidade grande como São Paulo.
Subimos até o terraço do Copan e La de cima tivemos a visão da cidade e sua grande extensão. Aqui coube bem a frase “grande mar de tijolos e concreto”, onde tudo é cinza, ate o céu.



Seguimos à pé até a Estação Julio Prestes, uma das primeiras estações de trem de São Paulo. O lugar sem dúvida nos remete a tempos passados, não só pela estética de sua arquitetura, mas também pela disposição e grandiosidade de seus ambientes, que queriam impressionar seus usuários cada qual com sua classe social.




Da Estação fomos para a pinacoteca, que após a reforma conseguiu reunir o antigo com o novo, visto nas passarelas e na cobertura metálica.



No final do dia, fomos no Teatro Municipal de Ramos de Azevedo, que também é uma construção antiga. No meio do caminho passamos por diversos locais muito movimentados, estávamos no centro de São Paulo, e como todo centro de grandes cidades, um espaço um pouco deteriorado.
Na quinta-feira, 27/11, começamos o dia andando pela Av. Paulista, que possui muitos edifícios importantes da cidade como o MASP e é um ponto de referência em São Paulo.



Em seguida fomos no entro Cultural de São Paulo. Logo na entrada, a cobertura metálica que lembra brises me chamou a atenção. Dentro do edifício, a junção do concreto e estrutura metálica resultou em uma composição estética muito bonita. Porém, na minha opinião, ouve um excesso de elementos metálicos, o que sobrecarrega a visão interna do edifício e te deixa um pouco confuso sem saber pra onde olhar.



Depois, visitamos o Museu da Escultura, que é uma grande praça pavimentada, com uma robusta cobertura que se apóia apenas nas extremidades e que as atividades acontecem no subsolo, embaixo dessa praça.
A região em torno do Museu é considerada nobre e nos deparamos com um espaço muito diferente do resto da cidade. Um espaço bem arborizado, fresco e menos movimentado em seu interior, que não aquela sujeira sem vegetação nenhuma.



Fechando o dia fomos no Edifício harmonia, que adota um conceito novo em sua fachada que é a cultivação de plantas nas paredes de concreto aparente. No meu ponto de vista, a solução foi criativa, mas deu a aparência de “fungos” na parede. Não sei porque o arquiteto não optou por trepadeiras que já nascem naturalmente e se sustentam nas paredes, talvez ficaria mais bonito.



No último dia de visitas, Sábado 29/11, seguimos para a Casa Modernista. Ela é um projeto do começo do modernismo no Brasil e possui características que relembra esse período de transição. O interessante também é o tamanho do terreno, que lembra uma chácara no meio de São Paulo.
Por fim, fomos no Ibirapuera visitar as exposições e refletir sobre a viagem, pois se trata de um imenso parque com vários edifícios culturais importantes para São Paulo reunidos em um mesmo lugar.


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